Um pouco de mim.

O meu currículo Desportivo

Quando era pequeno, olhava o meu pai como o melhor atleta do Mundo, até dizia que ele corria mais que um carro. Ele corria por Itália, França, Portugal, Espanha, na verdade corria o Mundo todo, eu era o fã número um  dele!
Ao longo dos anos eu queria cada vez mais ser como ele quando fosse grande!
Na escola o corta-mato estava perto, e eu sem treinar( não podia ser), tinha que mostrar quem verdadeiramente o meu valor, comecei a treinar com dois colegas meus, o Bruno e o Márcio.
Combinamos ir treinar para o corta-mato numa noite de Quarta-feira, quando encontrei o meu primeiro clube,Associação cultural Bunheirense.
Nunca aprendi tantas coisas em tão pouco tempo a não ser lá, foi muito bom eu ter entrado para aquele clube.
Eu sou daquelas pessoas que são muito abregadas(dedicadas), ao princípio ficava sempre para trás, coisa que eu não gostava, e também era um pouco excluído pelo treinador, João Ruela.
É certo que um ano depois da minha entrada no "ACB" as minhas aptidões foram melhorando cada vez mais, mas para lá chegar tive que me esforçar muito, mas era uma coisa que eu cobiçava muito, por isso.
Enquanto eu treinava, tinha provas e tudo o resto. Entretanto o meu pai era convidado pelos amigos para começar a andar de bicicleta. Ele claro que aceitou.
Eu enquanto isso andei logo a viajar pelas páginas do mundo da inter-rede para encontrar uma bicicleta para ele, o que não serviu de nada, porque no mesmo dia que lhe ia para mostrar a sua futura bicicleta, ele apareceu-me com uma em casa.
Olhei tantas vezes para a bicicleta como nunca olhei para uma rapariga, era linda.
Ao primeiro dia de o meu pai ir andar de bicicleta, eu tive uma prova que fiquei em 9º lugar, o que já não era mau para mim, mas quando a acabei estava a pensar como tinha corrido a volta do meu pai, quantos km´s tinha feito, eu fazia tantas perguntas a mim mesmo!
As minhas provas decorriam, e eu já estava a correr tanto em meio-fundo, por outro lado e ao mesmo tempo estava a perder velocidade o que era um factor negativo para mim, já que eu até me safava nas barreiras.
Acabei por ser o segundo melhor do Distrito de Aveiro no campeonato, que era para mim uma honra vestir as cores da ACB no pódio, sentir o orgulho   da Murtosa.
Sinceramente, depois da entrada do SR. José no clube fiquei aborrecido, ele só sabia mandar "bocas" negativas a todas as pessoas!
Estava a ficar um pouco farto daquilo e só lá andava à dois anos, por isso disse ao meu pai que queria experimentar a andar de bicicleta.
Acho que como ele era forte no ciclismo, a primeira bicicleta não lhe servia, por isso comprou uma nova (marca Merida). Se a primeira era linda então aquela era belíssima!
A minha primeira bicicleta foi essa mesma, acho que era o destino.
O sofrimento era tanto na minha primeira vez, não sabia onde por as mãos, como por a cabeça, que mudança utilizar, o esforço era tanto que eu nem sabia o que fazer, eu apenas cheguei ao fim vivo porque me empurraram até casa...
Apesar do esforço, adorei a minha1ª vez no ciclismo, aos 12 anos.
Depois de uns treinos comecei a andar melhor, aos 13 toda a gente me impulsionava para ir para uma equipa de ciclismo.
Bem foi mesmo isso que fiz, entrei na grande Liberty Seguros de Santa Maria da Feira, juntamente com um colega meu, o Alexandre.
A pré-época foi fácil demais, tudo aquilo que para mim era canja, era um tormento para os outros.
Nos treinos criei amizades, e o meu treinador era um espetáculo, para mim irá ser sempre o melhor treinador do mundo!
Quando começaram os primeiro treinos, eu sabia que andava bem, mas pensando sempre que os outros andavam ainda melhor, que vim depois a ver que era o antagónico.
Eu atacava e mesmo eles a juntar esforços não me conseguiam apanhar. Eu sabia que estava bem, porque realmente me sentia bem. Todos os treinos foram assim, até o chegar da 1º prova.
Estava nervoso(porque todos diziam que eu podia ganhar), mas muito confiante e com espectativas, mas, o que iria acontecer?
As voltas eram pequenas, eu estava na frente e na última volta , a faltar 100 metros para o final eu vinha em 6º, passei para 5º,4º,3º,2º e depois foi "só" bater o primeiro ao sprint.
Era aquele o meu mundo? Estava aquilo a acontecer, tinha levantado verdadeiramente os braços?
Sim é verdade ganhei a minha primeira prova, recebi elogios, e aquela palavra que eu tanto gosto,Parabéns!
A minha segunda foi mais difícil, mas eu superei as dificuldades, ficando assim em segundo lugar, na minha 3ª prova fiquei em terceiro seria aquilo possível? Que coincidência, aquilo seguiu-se porque à minha quarta prova fiquei em quarto, e até na minha quinta fiquei em quinto, mas a seguir veio o melhor.
O sprint, de Marcelo Vieira e de João Pereira mas Marcelo Vieira com um pequeno avanço, e acaba por ganhar aqui em Carlos Carvalho.
Pois foi, mais uma victória para a colecção.
Nos nacionais, estava nervoso, mas confiante, era a minha vez de fazer o contra-relógio, eu sabia que iria ficar em bom lugar( ou melhor, não sabia, tinha fé nisso).
Quando as classificações sairam, nem parcia verdade estava em 3º lugar arrebatando assim os meus maiores adversários, estava muito feliz, mas o que é certo é que não consegui dormir naquela noite sempre pensando que ia manter ou melhorar aquela posição, pois quem fica ali em primeiro é o melhor de Portugal.
Não consegui melhorar, mas sim perder tempo para o meu quarto adversário, o Venceslau Fernandes ( irmão da Vanessa Fernandes).
O podio foi um sonho que consegui concretizar. Foi para mim uma grande victória.
Na penúltima prova consegui arrecadar mais uma victória, que contava para a classificação geral.
Ao todo consigo três primeiros, nove terceiros e apenas um segundo o que para a minha primeira época como ciclista era muito bom e o que muitos não conseguem em toda a sua carreira.

Aproveito também esta ocasião para agradecer ao meu treinador, colegas de equipa, porque sem a ajuda deles certas coisas não seriam possíveis, mas acima de tudo aos meus pais por todo o apoio que me deram e por toda a força que me deram.
Muito obrigado também ao jornal do concelho da Murtosa que me publicitou a mim e ao Alexandre perante a sociedade.
Por tudo isso muito obrigado!